Os desafios tecnológicos e os sistemas de produção do Pré-sal

Autores

Cristiano Leite Sombra, Petrobras aposentado; Raphael Augusto Mello Vieira, Petrobras; Wilson Mantovani Grava, Petrobras; Celso Cesar Moreira Branco, Petrobras aposentado; Marcelo Curzio Salomão, Petrobras; Antonio Carlos Vieira Martins Lage, Petrobras aposentado; Clemente José de Castro Gonçalves, Petrobras aposentado; Guilherme Siqueira Vanni, Petrobras; Alexandre Zacarias Ignácio Pereira, Petrobras; Manoel Feliciano da Silva Junior, Petrobras; Jorge Oscar de Sant’Anna Pizarro, Petrobras aposentado; Aline Machado de Azevedo Novaes, Petrobras; Rafaella Magliano Balbi de Faria, Petrobras; Francisca Ferreira do Rosário, Petrobras aposentado; Rosane Alves Fontes, Petrobras; George Carneiro Campello, Petrobras; Marco Antônio Cardoso, Petrobras; Erick Slis Raggio Santos, Petrobras

Sinopse

Desde a sua descoberta em 2006 e início de explotação, em 2008 na Bacia de Campos e 2009 na Bacia de Santos, foi impressionante e rápida a evolução da produção de petróleo no Pré-sal. A marca de um milhão de barris por dia foi alcançada em 2016 com apenas 52 poços e, neste mesmo ano, foi atingida a produção acumulada de um bilhão de barris, dez anos depois da primeira descoberta e oito anos depois de iniciada a produção. Em 2022, a produção diária do Pré- -sal já representa mais de 70% de toda a produção brasileira. Esse resultado foi decorrente da descoberta de reservatórios excepcionais, mas também de um grande esforço empresarial e de desenvolvimento tecnológico da Petrobras e seus parceiros. Houve contribuições expressivas de instituições de pesquisa brasileiras e estrangeiras, da academia, de fornecedores, além da adoção de um modelo de desenvolvimento tecnológico matricial e aberto, com forte apoio gerencial. A experiência prévia da Petrobras no ambiente de águas profundas (até 1.500 metros) e ultraprofundas (além de 1.500 metros) na Bacia de Campos foi muito importante para a descoberta e o desenvolvimento da produção no Pré-sal. No entanto, o novo cenário apresentava distintos e maiores desafios, tais como: construção de poços muito profundos, caros e em ambiente de alta pressão; reservatórios carbonáticos sem análogos no mundo neste cenário e com dificuldades quanto ao imageamento sísmico; necessidade de processamento de altos teores de gás em unidades de produção offshore; gerenciamento de contaminantes nos fluidos produzidos; rochas mais reativas com os fluidos injetados; condições de mar e de logística mais adversas que as da Bacia de Campos. Neste capítulo serão descritos os principais desafios tecnológicos, as estratégias e algumas das soluções tecnológicas que foram disponibilizadas para fazer face a tais desafios.

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Publicado

20/05/2024

Séries