Campo de Búzios: a jornada desde a caracterização dos reservatórios ao início do desenvolvimento da produção
Sinopse
O campo de Búzios, descoberto em 2010, é a maior jazida comercial de petróleo em águas ultra profundas atualmente conhecida no mundo. Sua produção foi iniciada em 2018 e atualmente conta com cinco plataformas, chegando a produzir 763 mil barris de óleo no dia 03 de dezembro de 2023. Os reservatórios são rochas carbonáticas de origem lacustre (idade aptiana), depositadas durante o rifteamento oblíquo de abertura da Bacia de Santos e compreende às formações Itapema (Sequência K38) e Barra Velha (Sequências K44 e K46/K48). Nos altos estruturais, a Formação Itapema é composta majoritariamente por rudstones e grainstones de bivalves e a Formação Barra Velha, por estromatólitos, grainstones intraclásticos e esferulititos. Os desafios de caracterização desses reservatórios envolvem a integração dos estudos de sísmica, dados de poços, petrografia, interpretações de processos deposicionais e diagenéticos, assim como os resultados de testes de produtividade e injetividades das rochas. Para que esses depósitos sejam representados, são construídos modelos geocelulares faciológicos e petrofísicos, que posteriormente são empregados na simulação de fluxo de fluidos e avaliação volumétrica. Nesse sentido, os modelos apresentados neste trabalho correspondem às melhores ferramentas que permitem à equipe técnica ter uma visão espacial da jazida, assim como estimar as melhores posições dos poços produtores e injetores, além de avaliar as melhores estratégias e formas alternativas de se explotar o campo através dos projetos de desenvolvimento da produção.