O Campo de Tupi
Sinopse
O campo de Tupi marca o pioneirismo da produção de hidrocarbonetos no Pré-sal brasileiro, fruto da campanha exploratória em águas ultra profundas na província petrolífera conhecida atualmente por suas gigantescas acumulações. A vasta gama de dados coletados, focados tanto na caracterização de rocha quanto na performance de produção, alavancou o entendimento de seus reservatórios, de elevada heterogeneidade e com uma geologia bastante particular. A integração de diversas disciplinas se tornou primordial neste processo, em que a compreensão das características críticas do campo pôde ser construída sob diversas ópticas, culminando em um projeto de desenvolvimento da produção que incorpora diversos aspectos relevantes do reservatório. A disciplina de geofísica, a partir de variadas aquisições sísmicas e processamentos, com uso das técnicas mais avançadas e modernas no mercado, forneceu ferramentas fundamentais para a concepção do arcabouço tectônico do campo de Tupi, assim como para a previsibilidade de rochas-reservatório e comportamento da movimentação de fluidos. A interpretação geológica considerou os processos e os controles deposicionais envolvidos na gênese complexa dos reservatórios como essenciais para a construção de um modelo geológico tridimensional sólido, que corresponde a uma das fases mais importantes no fluxo de trabalho de um campo de petróleo. Sob a óptica da engenharia de reservatórios, a estratégia de implantação da produção em módulos, aliada com uma coleta de dados direcionada e otimizada - sobretudo em um campo com dimensões gigantescas - foi fundamental para a assimilação do comportamento dinâmico do campo e adequação do desenvolvimento da produção. Atualmente novos caminhos estão sendo trilhados (como métodos de recuperação secundária, uso da sísmica 4D e estudos de projetos complementares e de revitalização) com o objetivo de manter a alta produtividade de petróleo e o Campo de Tupi como um dos principais ativos da Petrobras.