Geofísica de reservatórios no Pré-sal brasileiro

Autores

Paulo Roberto Schroeder Johann, Petrobras; Rubens Caldeira Monteiro, Petrobras; Roberto de Melo Dias, Petrobras; Wilson Lisboa Ramos Filho; Bernardo Radefeld Meirelles; Diego Garcia; Rodrigo Macedo Penna, Petrobras; Leonardo Costa de Oliveira, Petrobras; Cristiano Rancan, Petrobras; Isabela de Oliveira Carmo, Petrobras; Daniela de Melo Apoluceno; Lis Franco Rocha, Petrobras; Alexandre de Jesus Pinho, Petrobras; Rui Cesar Sansonowski, Petrobras; João Adolfo Rosseto, Petrobras; Mario Paes de Almeida Junior, Petrobras; Talles Barsanti Meneguim, Petrobras; Pedro Silvany Sales, Petrobras; Carlos Eduardo Pereira, Petrobras; Carlos Eduardo Abreu, Petrobras; Nathalia Martinho Souto Muniz da Cruz, Petrobras; José Marcelo Nunes Cruz, Petrobras; Mônica Maria Muzette da Costa; Marcos Hexsel Grochau, Petrobras; Leonardo Márcio Teixeira da Silva, Petrobras; Eduardo Naomitsu Urasaki, Petrobras; Maria Taryn Relvas Campos, Petrobras; Eliane Born da Silva, Petrobras; Júlia Campos Guerrero, Petrobras

Sinopse

O Pré-sal da Bacia de Santos apresenta diversos desafios tecnológicos e metodológicos. Sobretudo, aqueles associados à geologia regional altamente complexa, onde os reservatórios heterogêneos com grandes variações faciológicas e intensa diagênese são sobrepostos por uma importante halocinese e grandes espessuras na seção evaporítica. Os dados sísmicos narrow-azimuth (NAZ) para o Pré-sal mostram uma ampla gama de ruídos não coerentes e coerentes, incluindo múltiplas internas e reverberações geradas principalmente no intervalo evaporítico, degradando a razão sinal-ruído (S/R). A baixa resolução sísmica e a anisotropia de velocidades também desempenham um papel importante. Com o objetivo de superar esses desafios, foram feitos importantes investimentos em novas tecnologias sísmicas, desde a aquisição até o processamento, interpretação e modelagem. O sucesso dessas tecnologias impulsionou o desenvolvimento dos campos de Búzios e o uso de aquisições full-azimuth com longos afastamentos fonte-receptor (NODES) e de processamentos FWI e LS-RTM em outros campos do Pré-sal, especialmente em Mero, Iara e Tupi. No campo de Búzios, as interpretações de feições sísmicas melhoraram as estimativas de propriedades dos reservatórios e a distribuição de feições carbonáticas. Em Mero, uma modelagem petroelástica detalhada suportou o uso de técnicas avançadas de inversão sísmica, contribuindo para melhor orientar a classificação de rochas ígneas do campo. No Complexo de Iara, importantes contribuições foram alcançadas por um reprocessamento sísmico multi-azimutal que revelou características geológicas tridimensionais anteriormente não observadas, permitindo previsões de distribuição de fraturas. A viabilidade do uso da Sísmica 4D para os carbonatos de alta rigidez do Pré-sal e seus benefícios para o monitoramento de fluidos foram demonstrados no campo de Tupi, des- tacando a importância das tecnologias de monitoramento sísmico para aumentar o fator de recuperação de toda a província do Pré-sal. Estes exemplos demonstram os benefícios obtidos com a incorporação de novas tecnologias e metodologias nos fluxos de modelagem de reservatórios na escala sísmica, além de seus impactos na otimização da gestão dos reservatórios do Pré-sal, mitigando incertezas e reduzindo os riscos nos processos de desenvolvimento da produção (DP) e ao longo da vida econômica dos campos de petróleo.

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Publicado

20/05/2024

Séries