O Pré-sal na África
Sinopse
A descoberta do Pré-sal na Bacia de Santos impactou, sobremaneira, a exploração petrolífera na África. Isso porque a correlação geológica entre os segmentos opostos da margem continental Atlântica elevou o potencial de oportunidades análogas localizadas naquele continente. Algumas delas se converteram em descobertas expressivas, com até 500 MMbbl recuperável. Na área abordada neste capítulo, que corresponde a região costeira entre Angola e Guiné Equatorial, o Pré-sal possui uma natureza predominantemente siliciclástica na região norte e mista, com siliciclásticos e calcários, ao sul. As rochas geradoras atingem teores de até 20% de carbono orgânico. Os reservatórios são, comumente, arenitos fluviais, deltaicos e turbidíticos ou calcários, por vezes silicificados, dolomitizados ou carstificados. As trapas podem ser estruturais, estratigráficas ou mistas. A migração secundária ocorreu por curtas e longas distâncias, sendo, no último caso, geralmente na base do sal. As rochas selantes mais efetivas são o sal, folhelhos e margas. Atualmente, as atividades de exploração e desenvolvimento do Pré-sal em águas profundas e ultraprofundas, ou seja, a profundidades superiores a 300 m e 1500 m, se encontram diante de riscos substanciais preconizados pelos volumes e a natureza dos fluidos descobertos.